Isto a confirmar-se seria extremamente bem feito!
Nunca vi um organismo público a ser tão amado e odiado ao mesmo tempo, mas a ASAE tem aquele "je ne sais quois", aquela capacidade de fazer coisas fantásticas e brilhantes, como logo a seguir (na realidade é o tempo todo) ter uma atitude de superioridade e desprezo pelas pessoas que faz com que todos queiram manda-los dar um curva (para dizer o mínimo).
Portanto acho muito bem que haja alguém que esteja disposto a responsabilizá-los, na realidade deveriam ser todos os que tem razão de queixa (e há muita gente nessa situação) mas como de costume ninguém se mexe contra a autoridade instalada. De reparar que não estou a falar em motins, ou desobedecer ao que as autoridades dizem, estou a falar em responsabilizar uma autoridade, algo que devia ser trivial mas que não é, pelo menos nesta parte do mundo. Por exemplo neste caso, houve prejuízos causados pelas acções infundadas da ASAE? Se o tribunal decidir que sim então que os façam pagar por eles! Nada mais justo! O único problema é que tendo em conta que estamos em Portugal um processo desta natureza... Enfim, provavelmente serão os tetranetos do Olivier a receber o valor da possível indemnização, o mais certo é que seja em z0rgs, a moeda instituída pela raça extraterrestre que vai governar a terra por essa altura (depois de se terem livrado da classe política mundial).
Segundo este senhor parte do problema da política americana é o dinheiro, mais concretamente no sistema de financiamento dos partidos. Por cá as coisas são diferentes, mas não necessáriamente melhores!
Quando começar a morrer gente ainda há de haver um gajo qualquer com o desplante de dizer que é da crise! E já agora esta ideia foi do governo PS e continuada pelo governo PSD. O que se tira disto é que no fundo, e nem é preciso ir muito fundo, é tudo a mesma coisa.
O problema é que não há alternativas a isto. Ninguém no seu pleno juízo quer governos inteiramente de esquerda ou inteiramente de direita (ainda menos quando se fala de extremos), até porque os opostos encontram-se. Comparem-se as posições e actos da Alemanha Nazi com as posições e actos da Rússia Estalinista, ou até mesmo com os supostos representantes do mundo livre, os Estates.
E depois há a questão do que é preciso fazer, de como uma classe se protege mesmo que os seus ideais supostamente não o permitam, numa altura de crise e de contenção, não se vê quase esforço nenhum da Assembleia da República para mudar o que quer que seja no seu estilo de vida. Não se vê também nenhum esforço do Presidente da República em conter custos, e (ainda ontem falava disto com o meu pai) não percebo porque é que os antigos Presidentes da República ao de manter ordenado e regalias depois de saírem do cargo.
Há mais que não percebo...
Como por exemplo a lógica de que empobrecer o país vai fazer algum bem a Portugal.
Devíamos era estar a enriquecer o país, porque o problema maior desta trapalhada toda é que nos puseram numa moeda forte quando a nossa economia era pobre e fraca comparada com o resto do grupo, se empobrecemos mais isto vai ficar ainda mais desequilibrado!
Ah é por causa da competitividade. Competitividade? Ora nós já estamos a receber um terço do que se recebe nos outros países e a pagar mais ou menos o mesmo (em algumas coisas até bastante mais) do que no resto da União Europeia, e mesmo assim temos problemas de competitividade!
Não! O nosso problema não é não sermos pobres o suficiente ao nível económico. O nosso problema é termos um país governado por imbecis que só colocam entraves ao investimento.
Ou acham que ter processos nas autoridades que tutelam o Turismo de Portugal por 5 ou mais anos, sem ter a mínima certeza se tudo vai ser aprovado descansa algum investidor? (E digo 5 anos como podia dizer 10) E quem diz Turismo diz Câmaras Municipais onde há verdadeiros especialistas em empurrar processos sem que haja uma única razão para os chumbar! Ou acham que ter aprovação dos bombeiros em que temos de fazer alterações com a empresa x ou y (que por acaso são sempre as mesmas, mas isto é com certeza uma coincidência dos diabos) atrai alguém minimamente são para investir aqui? Ou ter uma ASAE que se recusa a apoiar o entendimento da lei porque "nos só estamos cá para vistoriar" ajuda alguém? Ou as multas sobre multas que inventam por razões que nem sequer chegamos a entender? Ou um governo ou entidades governamentais e municipais que nunca pagam a tempo e horas e nunca são minimamente responsabilizadas? E é melhor nem começar a falar sobre o sistema judicial, de saúde ou finanças que são apenas para rir, porque se fossemos chorar nunca mais parávamos!
Enfim...
Cada vez mais penso que a verdadeira necessidade, mais do que mudar governos ou mudar partidos, é mudar as pessoas!
É preciso pensar "no que nos que podemos fazer pelo nosso país em vez do que o nosso país pode fazer por nós", pensar em exigir mais e melhor, pensar em fazer mais e melhor e que de alguma forma estas coisas têm de se aplicar tanto a quem governa como a quem é governado!
Na tarde deste Domingo o cenário numa das entradas do Corte Inglês onde estão afixados os cartazes dos filmes em exibição era (mais coisa menos coisa) este:
- Olha está cá os Idos de Março!
- Sim, mas já me disseram que era bom para ver na televisão.
- Mas preferes outro?
- Epa na minha lista tinha este, este e este.
- Ah mas os Idos de Março também está na tua lista e tem o Ryan Gosling!
Escusado será dizer que lá fui eu ver os Idos de Março...
A minha falta de entusiasmo para ir ver este filme devia-se única e exclusivamente ao que disseram sobre o mesmo, especialmente tendo em conta que quem me disse adora (tal como eu) este tipo de enredos, porque de resto tudo aqui tinha os ingredientes certos para correr bem.
Filme realizado por George Clooney, que, sem deslumbrar, faz sempre filmes bons. Os actores são excelentes, começando no próprio George Clooney, passando por Paul Giamatti, Philip Seymour Hoffman, Ryan Gosling (sim, ele não é apenas eyecandy feminino, o homem até é bom actor), Evan Rachel Wood, etc... (apesar deste etc ter actores muito bons acabam por não ter um papel assim tão relevante no filme)
Portanto este filme dependia essencialmente do argumento. Ora o argumento não é mau contudo tem um problema gigantesco! E esse problema durou de 1999 até 2006 na forma de uma série de televisão chamada The West Wing (Homens do Presidente cá em Portugal).
Esta é apenas uma das series mais geniais alguma vez feita, especialmente para quem gosta de intriga política e perceber como funcionam os bastidores das campanhas políticas ou os bastidores da governação. Ou seja, esta série acabou por se tornar um problema para todo e qualquer filme de intriga política que dependa do enredo apenas porque impôs uma fasquia demasiado elevada.
Assim sendo, apesar do argumento não ser horrivelmente mau, e a intriga estar construída de uma forma sólida (o que também pode ser explicado no facto do argumento ser baseado numa peça de teatro), acaba por não ser assim nada de fantástico ou de memorável. Tem como ponto positivo, diria mesmo que extremamente positivo porque ele cumpre o papel na perfeição, a evolução da personagem de Ryan Gosling, mas ao contrário do que o público feminino possa pensar só isto não justifica o bilhete de cinema.
O dia nasce. O sol hoje não tem contestação, aparentemente o frio também não, mas isso uma pessoa arranja maneiras de contornar. Tudo quase que parece pacífico e idílico, mas não! Hoje é dia de luta! Contestação social às medidas de austeridade. GREVE GERAL!
Pessoalmente acho que a greve como ferramenta de luta está datada e hoje em dia não faz sentido nenhum. Talvez em plena revolução industrial tenha feito, mas nos dias que correm não me parece. Até porque numa altura em que o que é difícil é pagar às pessoas, as mesmas pessoas não receberem um dia de trabalho porque resolvem manifestar-se, ou ir ao cinema, parece-me que é mesmo o que o Estado e possivelmente patrões querem. E quem se lixa é o mexilhão para não variar muito.
Não é fácil falar sobre uma greve, é demasiado simples generalizar situações, perder perspectiva, e começar a falar sobre uma data de assuntos que são complicados só por si, quanto mais no contexto de uma greve geral. Portanto, seguindo o pensamento de Thoreau, vou simplificar a coisa:
Há razões de queixa para ela existir hoje? Sim, sem dúvida.
Vai levar a alguma coisa? O mais certo é não. Até porque as mesmas razões pelas quais as pessoas votaram neste governo são aqueles que estão a provocar a contestação. E pior, mesmo que se mude de governo eles vão ter que fazer exactamente as mesmas coisas, por muito que prometam que não enquanto fazem parte da oposição.
Cada vez que este homem fala são más notícias.
Já era preciso uma mudança no discurso, esta política de estar a dar sempre com o pau não resulta, às vezes tb é preciso mostrar a cenoura.
Esta notícia pôs-me a pensar...
E se acordássemos de manhã e os militares tivessem resolvido fazer uma revolução?
Sinceramente não acredito que isso esteja para acontecer para breve, mas vamos jogar por um momento o jogo do "e se?".
Iriam depor o tirano e terrível governo eleito que causou o défice?
Não, já vão tarde, mas não deixa de ser engraçado que enquanto eles andaram lá a faze-las todas ninguém dos militares vinha aos jornais dizer coisas destas.
Iriam depor o tirano e terrível governo eleito que está a tentar tirar o país da situação actual?
Claro que sim, porque a austeridade é que é má.
Iriam melhorar alguma coisa?
Duvido A economia que já está mal e em que ninguém confia, iria inspirar ainda menos confiança. E ai sim, íamos ver o que é austeridade a sério. Já agora podem ter a certeza que as altas patentes do exército continuariam a receber o seu, e como se sabe parte do problema actual também está ai.
Haveria uma redistribuição dos dinheiros?
Quais dinheiros?
Enfim, é melhor não pensar nisso e começar é a procurar emprego lá fora porque parece-me que seja com uns ou com outros isto para melhor não muda.
Afinal já estou muito mais descansado e com um sentido de esperança renovado em relação ao Orçamento de Estado apresentado ontem!
Numa altura em que o Médio Oriente está em polvorosa com tudo o que se passa na Síria, o canal Hollywood deu no Domingo à noite o filme Syriana, o que demonstra a inteligente programação deste canal, que tem acertado em filmes que falam sobre intervenções americanas em conflitos como é caso do excelente filme O americano tranquilo.
A história acompanha... uma catrafada de gente. O George Clooney não faz o personagem principal, tal como Matt Damon e Jeffrey Wright também não fazem, contudo a historia vai gravitando à volta deles. Isto não é inteiramente verdade, apenas parece que gravita em torno deles, mas não, há outros personagens tão ou mais importantes, mas cujos actores não ficavam tão bem no cartaz do filme.
Acho que fazer o cartaz de um filme é complicado, numa imagem o designer tem de captar a atenção do público e incluir o que é importante no filme, uma espécie de sinopse visual. Com Syriana fazer isso deve ter sido uma dor de cabeça complicada, que nunca resultou em cheio devido exclusivamente à complexidade de todo o enredo.
Resumindo... a melhor maneira de caracterizar Syriana é cerebral... é preciso estar atento, porque está cheio de pequenos nadas muito importantes em histórias diferentes que se cruzam entre si. Sem dúvida a ver, mas cuidado porque é relativamente simples de adormecer a vê-lo e este é daqueles casos em que o filme não merece que se adormeça a meio.
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