Quarta-feira, 7 de Dezembro de 2011

Castella do Paulo

Hoje calhou um chá, já há muito marcado e desmarcado, ao fim do dia no Castella do Paulo. É engraçado como as memórias funcionam... Quando voltei do Japão estava com aquela sensação de nostalgia e vontade de reviver momentos, e por acaso um encontro levou-me àquelas paragens. Eu não conhecia o Castella do Paulo, apesar de já ter ouvido falar dele, e tive uma sensação muito engraçada... Foi dos sítios onde me senti mais próximo das minhas memórias japonesas.

Olhando friamente não faz muito sentido, apesar de todas as referências japonesas e aproximação à cultura japonesas, porque foram raríssimas as minhas experiências no Japão em locais deste estilo, mas o chá verde...

Naquele dia havia um friozinho na rua próprio do fim de Novembro / início de Dezembro e no aconchego deste espaço mostrei grande parte de uma quantidade insana de fotografias e falei durante horas da minha experiência em terras nipónicas. A Di lá me escutou pacientemente até à altura que tivemos que ir embora, sem ter acabado de ver todas as fotografias. Era impossível ver mais! 

Desde então só regressei ao Castella do Paulo uma vez. Confesso que não sei muito bem porquê já que é daqueles espaços que tem tudo o que eu gosto. O Castella, os Meronnpan e sempre aquele chá...

Hoje, sem ter levado as fotografias que faltam, lá regressámos e soube bem! Tanto pela companhia que já não via há imenso tempo, e gerou uma conversa animada como sempre, como também pelo sabor e cheiro do chá verde, que por uns momentos me aproximou um bocadinho mais do Japão.

publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 23:19
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Sexta-feira, 2 de Dezembro de 2011

Space Battleship Yamato, o filme!

Ontem vi algo que estou quase há um ano para ver, o filme de Space Battleship Yamato! E há que dizê-lo, o filme é muito bom! Claro que não ganha prémios, nem é pseudo-intelectual, mas é divertido e consegue encapsular o espírito de uma série de culto, com 26 episódios, em 131 minutos! Uma das únicas coisas que faltou foi mesmo esta música (sim, eu sei que não é a coisa mais actual do mundo mas ver Yamato sem ela não é a mesma coisa):

Ok! De regresso ao filme. Houve três coisas que me atraíram no trailer:

1) a história ser de um dos anime mais marcantes de sempre - tenho de admitir que não me recordava da história toda, ainda não me lembro de todos os pormenores, portanto não sou a pessoa indicada para dizer que falta lá o sucedido no episódio 16, minuto 10. Contudo lembro-me perfeitamente do espírito que emanava da série, todo ele demonstrativo de uma mentalidade muito japonesa (pelo menos em anime) em redor do sacrifício e camaradagem, e se há coisa que não se pode acusar este filme é de falhar nesse departamento. Todo o argumento é em redor de sacrifício e como lidar com ele. 

2) a caracterização das personagens - Só posso dizer que o estilo do anime dos anos 70 está todo lá, de uma forma bem cuidada. E não falo apenas nos fatos, mas também nos penteados e algumas cenas onde os cabelos andam por lá a esvoaçar. 

3) os efeitos especiais - Pois aqui é onde eu fico um pouco mais dividido com a coisa. No trailer vemos a parte das batalhas espaciais, e essas estão simplesmente fabulosas! Mesmo a parte passada na Terra, os efeitos estão bem feitos e enchem-me as medidas. Contudo há lá umas batalhas menos espaciais que chegam a roçar o limite do mauzinho. 

Em suma, não é um filme para tecer grandes questões filosófica, apesar de ser perfeitamente possível se uma pessoa quiser, mas diverte se (e só se) gostarmos da mentalidade japonesa, porque este é, na sua essência, um filme japonês feito para japoneses. Mal comparando é como se de repente alguém quisesse fazer um filme do Duarte e Companhia, o mais provável é que os portugueses nascidos em finais de 70/inicio dos anos 80 iriam compreender as referências e o modo de pensar que justificava aquele filme, mas o resto do mundo teria que querer compreender, e isso às vezes é o mais complicado.

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publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 12:29
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Quarta-feira, 10 de Agosto de 2011

Coisas que me deixam nostálgico

Apanhar este filme completamente por acaso na televisão.

 

publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 23:51
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Sexta-feira, 11 de Março de 2011

Emergência Japão!

Por esta hora já muito foi escrito por agências noticiosas, muito se discute sobre o choque e a surpresa, pequenos pedaços de informação flutuam até nós sem qualquer nexo, tal como os escombros que foram arrastados e são mostrados nas imagens que nos chegam. E eu na realidade não tenho muito para acrescentar a tudo isto, a não ser que o Ser Humano é muito pequenino quando é confrontado com as forças da natureza, contudo há também que dizer que o Ser Humano pode ser muito GRANDE no que toca a lidar com estas situações, e não espero menos que isso daquela nação fantástica que tive o prazer de visitar e explorar. 
Sinto que não posso ficar parado de braços cruzados enquanto assisto a isto, portanto se tiverem alguma sugestão de como ajudar façam favor de encher a caixa de comentários, enquanto eu também vou pensando nisso. 
publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 15:14
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Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2011

4. Takayama é como dizem os franceses "mignon"

Depois de no primeiro dia ter corrido (andado é a palavra correcta) mais de metade de Nagoya a pé, decidi que o dia seguinte iria ser diferente! Mais uma vez abri o guia e descobri uma pequena cidade nas montanhas, de seu nome Takayama, que graças à sua reclusão tinha escapado aos bombardeamentos e que mantinha um núcleo de traçado tradicional em boas condições.
Lá acordei no dia seguinte, agarrei no Japan Rail Pass (a minha melhor compra para ver o Japão) e nas minhas coisas, e lá fui eu apanhar o comboio, desta vez não o shinkansen, mas outro também bastante rápido e igualmente confortável. E aqui tive das melhores viagens de comboio de toda a minha a vida.
 
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A paisagem pode ser descrita como pura e simplesmente deslumbrante. Então na época em que as árvores estavam a mudar as folhas de verde para um vermelho fogoso, com um rio cujas margens eram descritas (de uma forma muito redutora) pela voz metálica dos altifalantes como o rio Danúbio japonês não tive outra escolha e lá estive a tirar fotografias como se não houvesse amanhã, o que me levou ao primeiro e único problema com a máquina fotográfica durante toda a viagem (que foi ter descoberto à maneira dura que a bateria não carregava directamente através da ligação USB da máquina, e que tinha de usar o carregador da mesma), mas que lá consegui gerir a coisa de modo a ter fotos.
 
https://farm4.static.flickr.com/5008/5350062430_c220f43006_b.jpg
 
Sobre a cidade não tenho muito a dizer, pareceu-me ser uma cidade pequena cuja maioria das lojas vivia da quantidade perfeitamente maluca de turistas japoneses que os visitam, mas como eu também andei directamente da estação de comboio para o núcleo admito que se calhar foi um problema de eu não ter dado chance nenhuma ao resto da cidade. Pondo as coisas muito simples eu era um homem com um objectivo, e o núcleo está tão bem preservado e de alguma forma quando se anda lá dentro passa a ser uma aldeia desenvolvida em vez de uma cidade (e espero que se mantenham assim porque este é que é o charme de Takayama).
 
 
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Este é dos locais ideias para apenas andar e deixar que o espirito do lugar nos invada, se isso acontece quase que vemos os samurais a andar pelo meio da população turística que anda freneticamente de loja em loja a comprar tudo e mais alguma coisa (em alguns aspectos isto fez-me lembrar experiências passadas na Eurodisney). Nestas lojas conseguimos encontrar tudo o que é tradicional japonês, desde a loja com a senhora que está a pintar, às distilarias de Saké, à venda de miso, às madeiras perfeitamente trabalhas, a uma quantidade insana de coelhos (novo ano...), aos restaurantes e outras lojinhas de comes e bebes, enfim tudo o que o turista precisa para gastar o seu dinheiro. Entre elas encontramos as casas-museu, de famílias locais que reuniram e organizaram exposições a partir do seu espolio, e aqui conseguimos tomar o pulso da história da população japonesa, de como eles se vestiam, brincavam, viam o mundo, etc.
 
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Incontornável é o festival de Takayama, ou melhor os festivais porque na realidade são dois, um em Abril e outro em Outubro, nestes festivais eles andam com os Yatai (são uma espécie de carros alegóricos) para abençoar as próximas colheitas (Abril) e para agradecer as colheitas que tiveram (Outubro). Há muita informação disponível pela internet sobre estes festivais, eu recomendo uma pesquisa, aqui só vou dizer que os Yatai remontam do séc. XVII e que há um museu, o Yatai Kaikan, onde se podem ver alguns deles e que se estão em Takayama é daqueles sítios que não se pode perder, nem que seja pela experiência de andar com um gravador de cassetes a ouvir uma gravação de uma japonesa a explicar tudo em inglês, com uma voz extremamente parecida com a Minie. Mesmo ao lado há o Sakurayama Nikko kan, onde se podem encontrar réplicas de templos famosos, e o templo Hachiman que faz parte do festival de agradecimento das colheitas.
 
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Encerrando esta entrada, tenho de dizer que Takayama foi uma pequena grande surpresa, é daqueles locais em que conseguimos sentir os tempos idos, talvez um pouco estragado pela quantidade absurda de turistas, mas definitivamente existe um esforço quase palpável para manter tudo tal como estava. Para alguém ligado à construção há que estar atento ao uso e manipulação da madeira. Desde a mais singela garagem, ao ornamento mais intricado, tudo é sempre bonito!
 
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Dica útil para Takayama (e resto do Japão): entrar em todas as lojinhas e experimentar tudo o que oferecem, aproveitar para conversar e aprender umas coisas, porque apesar do inglês escasso há uma extrema boa vontade em mostrar os seus produtos e modo de fazer, independentemente da venda.
publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 20:08
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Terça-feira, 4 de Janeiro de 2011

3. Nagoya é grande.

Um dos melhores factores de ir numa viagem pouco programada (ou nada) como foi o caso é que deixamos espaço para a descoberta, e foi exactamente o que aconteceu.
Na realidade o meu objectivo era seguir de Hamamatsu para Kyoto, coisa que provou ser quase impossível (e aqui fica mais uma dica para o viajante ao Japão: Kyoto requer marcação com antecedência) portanto abri o guia de viagem e de repente estava a marcar hotel em Nagoya.
 
 
Sem qualquer expectativa sobre o que ia encontrar fui tomado de assalto pela arquitectura fantástica existente junto à estação de comboio, mas primeiro havia que encontrar o hotel que ficava no sentido oposto. Pelo que percebi a estação e o caminho de ferro marcam uma fronteira entre uma zona claramente mais periférica e diria quase que de dormitório e o centro da cidade onde estava todo aquele "eye-candy" para arquitectos. Tenho de admitir que para mim foi interessante ver o outro lado de uma cidade japonesa, as casas, as lojas, os supermercados, tudo é diferente... mais pessoal e intransmissível.
Depois de largar a tralha toda, lá fui eu à descoberta!
Não tenho nada a dizer sobre os transportes sobretudo porque resolvi andar para todo o lado. Olhando em retrospectiva não sei se esta foi uma decisão muito inteligente tendo em conta a escala de Nagoya, uma boa dica é quando temos à nossa frente uma estrada com 4 faixas de rodagem para cada lado e nós queremos atravessar porque esta é apenas mais uma rua.
 
 
A sensação que fiquei é que não é a típica cidade cheia de interesse turístico, numa viagem organizada com o tempo contado não sei até que ponto a organização iria perder tempo a visitar Nagoya tendo em conta o que se encontra noutras cidades, contudo acho que foi uma paragem onde encontrei coisas bastante interessantes, como por exemplo a arquitectura, a vida da própria cidade, o museu do design, uma exposição sobre... nem sei sobre o quê mas gostei dos trabalhos expostos, o castelo e as exposições de bonzais e flores, o teatro Noh, o museu de Arte Tokugawa e o seu jardim, alguns templos (apesar de que ao nível de templos há coisas muito mais giras noutras paragens).
 
 
Dicas especiais sobre Nagoya (e qualquer outro lado): Nunca sair do hotel sem o mapa da cidade e ir à aventura, é apenas parvo, 3 horas depois de ter começado a andar lá descobri alguém que me deu indicações para onde eu queria ir, e só quando voltei ao quarto do hotel é que descobri que tinha andado fora dos limites do mapa turístico!
 
Já sabem... carreguem nas fotos para as verem em tamanho maior.
publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 13:31
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Segunda-feira, 20 de Dezembro de 2010

A comunidade das receitas japonesas

 

 

Aproveitando a viagem do nosso camarada ao Japão, ponho aqui uma comunidade catita toda ela centrada em comida japonesa.
Uns quantos aficionados da comida japonesa lá se juntaram e criaram uma comunidade wiki e todos os dias lá aparecem novas receitas.

E sim para os cépticos, esta comunidade não se para só no reconhecido sushi, mas também outras variantes da culinária japonesa inclusivé a vegetariana!

Eis o bendito link: http://japaneserecipes.wikia.com/wiki/Japanese_Recipes_Wiki

E o leitor conhece mais alguma comunidade semelhante? Partilhe!
publicado por Luís Marques às 21:57

editado por Gonçalo Cardoso Dias em 27/10/2011 às 10:48
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Algo que vi no Japão e gostava que chegasse cá!

 

 



Não... não cheguei a ir ver o filme ao cinema, até porque sem legendas não havia muito interesse nisso e ainda não tinha sido lançado, contudo vi o trailer, que me faz pensar que este filme será um excelente tributo à mítica série de animação.
Como eu adorava que este filme chegasse cá a Portugal!

 

 

publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 17:35
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Sábado, 18 de Dezembro de 2010

2. Hamamatsu tem os seus encantos

Mantenho o que escrevi até aqui sobre Hamamatsu. De facto é um pouco como Oeiras, "uma bela localidade", mas que não faz parte do imaginário do sonho que eu tinha do Japão.
Tenho de admitir que se não fosse o congresso não iria lá, contudo o que é bom nestes locais são as pequenas surpresas espalhadas pela cidade que pé ante pé nos tomam de assalto e acabam por conquistar o nosso coração. O emaranhado de ruas com pequenos restaurantes, o grande cruzamento, a música dos sinais, os sinais que também estavam em português, a comida (especialmente as gyozas), enfim o primeiro contacto com o Japão. Por todas estas razões guardo Hamamatsu num lugar especial, e estou com vontade de um dia lá voltar.
 
 
(Quem quiser ver as imagens maiores só tem de carregar na imagem pretendida.)
publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 23:11
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Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010

1. O Japão é espectacular!

Epa de repente temos aqui o comentário do Pedro a comunicar que o Pato Patifório está em destaque nos blogs do sapo, o que é uma noticia fantástica! Obrigado Pedro e à SAPO por nos terem dado essa prazer.

 

Inspirado no comentário do Ricardo sobre a sua vontade de estudar no Japão resolvi deixar aqui algumas considerações gerais que fui apanhando na viagem e que podem ser úteis a quem vai lá, seja por um curto espaço de tempo ou seja de uma forma mais prolongada.
 
1. Choques culturais
 
De facto existem, o que não é surpresa nenhuma para quem goste e saiba umas coisas sobre a cultura japonesa, contudo uma coisa é o conhecimento abstracto disso outra é o conhecimento na prática, portanto há que manter uma mente aberta e tentar manter aquele saudável equilíbrio de respeito entre o não ter medo de errar e o não ferir susceptibilidades.

 

Uma coisa que nos temos que habituar é que no Japão tudo anda mais ou menos como é suposto. Para dar um exemplo em 90% das vezes (se não mais) os comboios chegam e partem exactamente à hora que vem marcada no horário, todos sabem qual é o seu papel e cumprem-no sem questionar com um sorriso nos lábios (e aqui falo até dos próprios passageiros do comboio que arrumam de uma forma coordenada e atempada nos locais marcados onde irão ficar as portas do comboio ainda antes do comboio chegar à estação), chega a haver uma precisão de relógio suíço bastante admirável.

 

Quanto à organização em si, tenho de admitir que saí de Portugal já com uma má impressão da organização japonesa, por um simples factor que torna tudo um pouco complicado para nós. Traçando um panorama geral, japoneses não gostam de dizer Não, o problema é que também podem é não dizer Sim, e deixam que uma pessoa chegue à sua própria conclusão sobre a resposta (se não disseram Sim, então é porque é um Não). O embate acontece quando na nossa cultura dizer que não é algo normal e perfeitamente aceite.

 

São uma nação extremamente conversadora em alguns aspectos e extremamente liberal noutros. E aqui a industria de entretimento nocturno é um espelho fantástico disto. Tanto existem bares cuja entrada é exclusiva a japoneses como a seguir um homem a andar sozinho pela rua  (como era o meu caso em 90% do tempo que estive lá) é abordado sem qualquer descanso por hordas de homens a tentarem levar-nos para os diferentes bares que eles representam.

 

2. Segurança

 

Pode ser uma ilusão minha de turista bafejado com a sorte de nunca ter tido um único problema durante o mês que lá esteve, mas a sensação que eu tinha é que no geral é dos países mais seguros do mundo. Eu andava por todo lado, perguntava indicações a qualquer pessoa que encontrasse, e nunca me senti minimamente ameaçado, ou sequer tive alguma coisa a apontar a quem quer seja, bem pelo contrário, as minhas questões eram sempre recebidas da melhor forma, e as pessoas esforçavam-se para me ajudar como pudessem.

 

3. A língua

 

Qualquer pessoa que vá para o Japão durante um período maior que duas semanas é conveniente saber umas quantas palavras de japonês, nos centros urbanos mais conhecidos e turísticos lá se vai encontrando quem consiga falar inglês, contudo a maioria dos japoneses fala muito pouco inglês. Já me ofereceram várias explicações para isto, desde o não saberem mesmo, ao saberem mas como o grau de exigência deles é bastante elevado e não conseguirem atingir esse então preferirem dizer que não sabem; contudo para quem lá está e tem de se desenrascar vai dar mais ou menos ao mesmo. Portanto o meu curso intensivo de japonês foi-me extremamente útil, com o bónus acrescido de ter um bocadinho de simpatia extra por parte dos japoneses pelo esforço.

 

4. A comida

 

Pessoalmente, eu adorei a comida, e é das coisas que mais sinto saudades dos 30 dias que lá passei.
Simples!Nada de grandes artifícios, os sabores o que são, na sua maioria saudável.
Pode-se comer por valores extremamente baratos, a minha refeição mais barata custou 380 yen, como se pode comer por valores extremamente caros. Há de tudo e quem escolhe somos nós. A barreira linguistica normalmente é ultrapassada por fotografias ou reproduções dos pratos em plástico que nos dão um indicador do que podemos esperar. A numeração romana é bastante utilizada portanto também não há grandes problemas em saber os preços. O resto é boa vontade e entendimento de parte a parte.

 

5. Dinheiro

 

O Japão é caro, não há grande volta a dar, contudo fiquei com a sensação de que há bastantes escapatórias basta estar atento. Por exemplo, em relação aos hotéis fazer uma pesquisa por "business hotels" é um bom principio; as lojas de conveniência não são muito mais caras que um supermercado normal; como já disse antes há restaurantes para todos os bolsos. A questão é saber o que estamos dispostos a abdicar para ter uma vida mais económica, se realmente nos importamos que o nosso quarto de hotel seja pequeno com uma casa de banho minúscula ou não, se queremos ter uma experiência mais tradicional ou não. Tudo isto são escolhas que temos de fazer consoante o nosso orçamento.

 

6. Mentalidade

 

Neste tipo de viagens precisamos de ter espirito aberto, nunca fazer perguntas para as quais na realidade não queremos saber a resposta, e ir com a maré. Claro que algum planeamento ajuda, contudo tenho de admitir que não foi critico para a maioria dos sitios onde estive, excepto em Tokyo, onde encontrar um posto turístico com informação decente não foi assim muito simples.
Do outro lado estão pessoas que na sua maioria podem ser descritas como simpáticas, serenas e que gostam de ajudar os turistas a conhecerem o seu país.

 

Espero que estes pontos sejam úteis, qualquer questão que tenham e eu possa ajudar não hesitem em deixar na caixa dos comentários.
publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 14:32
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