Quarta-feira, 7 de Dezembro de 2011

The Wormworld Saga

Para quem gosta de banda desenhada, num registo que não é propriamente inovador, mas que é muito bem explorado, aqui fica The Wormworld Saga. Ah e a parte boa disto... É completamente à borla! :P

publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 14:01
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Terça-feira, 6 de Dezembro de 2011

Frida Kahlo - As suas fotografias

Finalmente uma entrada que não tem nada a ver com cinema! Ou será que tem?...

Este Domingo uma das coisas que fiz foi ir ao Museu da Cidade ver a exposição de fotografia da Frida Kahlo, na realidade não é bem de fotografias tiradas por ela, mas sim fotografias da sua colecção pessoal. A diferença disto é (para além da autoria das fotografias), que algumas são meras fotos de álbum de fotografia, o que tem o seu interesse para se compreender melhor momentos da vida dela. E nesse aspecto tenho de tirar o chapéu a quem montou a exposição! Está lá tudo! Desde que uma pessoa siga o caminho predefinido consegue ter uma ideia perfeitamente coerente do que foi a vida dela, quem eram as pessoas que a rodeavam, o porquê de algumas das suas opções. Sem dúvida que é uma exposição que vale a pena ver!

 

Mas porque é que eu falei em cinema logo no início? Bom a maioria das pessoas sabe que existe um filme sobre a vida da Frida Kahlo, Frida de seu nome. E esta exposição só veio fazer com que a minha consideração pelo filme (que já era alta) subisse em flecha! De facto mostra muito bem a vida da Frida Kahlo e com um cuidado que eu desconhecia, porque finalmente comparei as fotografias reais com as imagens do filme (isto na minha cabeça porque como é obvio não é algo que seja preocupação da exposição). 

publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 11:56
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Domingo, 27 de Novembro de 2011

Cadernos Suspensos no Armazém 13

As vicissitudes do dia levaram-me à porta do Armazém 13
Pareceu-me ser uma boa maneira para começar a escrever, mas não inteiramente correcta, a realidade é que já há muitos meses devia a mim mesmo uma ida ao Armazém 13. 
Ora bem, quis o destino que eu abrisse o facebook e visse lá um post que falava do facto de hoje ser a última performance dos "Cadernos Suspensos" e eu resolvendo quebrar um dia mais ou menos amorfo, lá me meti a caminho. 
Portanto havia que vencer o desafio de dar com o sítio!

As indicações que tinha é que seria mesmo junto à Junta de Freguesia de Benfica, num antigo armazém. Ora isto dito assim parece simples, contudo é preciso ir com alguma atenção para conseguir ver o cartaz que indica o sítio (especialmente depois de anoitecer), portanto escusado será dizer que andei por lá a pedir indicações. Enfim nada do outro mundo, mas que convêm saber se formos assim um pouco em cima da hora. Ponto positivo, o local do Armazém 13 providência estacionamento (a pagantes claro). 
O espaço do Armazém... tenho de admitir que esperava algo maior - não faço ideia porquê, não tinha qualquer razão para isso - mas o espaço é acolhedor e a zona de bar é porreirinha apesar de não ter bebido nada (quando escrevi aquilo sobre chegar em cima da hora foi fruto de experiência em primeira mão). 
Sobre a questão dos lugares... Convém lembrar que este é um espaço multiusos de orçamento reduzido, portanto temos a bela da cadeirinha de plástico da esplanada e uns sofás porreiros. Eu olhei para os sofás vazios e instalei-me logo. Isto foi parvo. Devia era ter procurado a bela da cadeirinha de plástico porque os sofás ficam tão para trás que não se consegue ver a totalidade do palco, portanto a opção foi ficar em pé. Não é que venha algum mal ao mundo disso, mas é um factor a ter em conta em futuras idas.

Enfim já estou farto de escrever e ainda nem comecei a falar do espectáculo em si, coisa que irei ractificar já de seguida.

As palavras "muito bom" e "excelente" digladiam-se na minha mente para vir parar a este texto, como eu não gosto de conflitos inúteis resolvi começar logo com as duas. Repleto de imagens lindas (tivesse eu levado a máquina fotográfica, e dessem-me eles a autorização, tinha saído de lá repleto de imagens absolutamente fantásticas, e aqui falo desde a coisa mais simples como alguém a levar uma moldura até às acrobacias mais complexas que eu nem sei explicar bem, contudo resolvi respeitar e aproveitar-me do nome "Cadernos Suspensos" e resolvi levar um dos meus e dedicar-me a desenhar um pouco. Foi complicado desenhar sem perder nada do que se estava a passar, mas enfim... deixo aqui alguns dos desenhos feitos no momento.

"Cadernos Suspensos, 13ª edição,  é uma viagem inspirada na obra O Senhor Valéry de Gonçalo M. Tavares. A companhiaArmazém 13 apresenta um     espetáculo de circo contemporâneo em que as fronteiras artisticas diluem-se criando um universo onde da folha branca de papel surge a côr da nossa mente. É a possibilidade de nós próprios escrevermos o livro da vida. É a imaginação como impulso para preencher o vazio e fazer do sono uma porta para o sonho e a ilusão.

Dos pés no chão ao vôo num piscar de olhos, do rascunho e da sombra ao onírico real." (podem encontrar no link fotos oficiais dos "Cadernos Suspensos")

Tenho de admitir que a história passou-me um pouco ao lado, o que me interessava não era isso... Apesar de eu gostar de saber que havia uma linha condutora, bem visível por toda a performance, que foi respeitada entre malabarismos, contorcionismos, e outras coisas que tais, fazendo que seja um espectáculo muito bem estruturado e pensado do inicio ao fim. Isto dá um resultado completamente diferente do que estamos habituados a pensar como norma de circo em Portugal. 

Há espaços recentes que vieram contribuir e muito para a subida da fasquia cultural de Lisboa, o Armazém 13, com espectáculos desta qualidade, pode dizer com orgulho que pertence a essa categoria!

publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 23:36
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Domingo, 13 de Novembro de 2011

A perspectiva das coisas - A Natureza-morta na Europa séc. XIX-XX (1840-1955) @ Gulbenkian

Como não se pode tirar fotografias na exposição resolvi tirar fotografias a algo também muito interessante na Gulbenkian e ir espalhando as mesmas pelo texto. Muito obrigado pela compreensão!

O Museu Calouste Gulbenkian conseguiu reunir numa única exposição artistas como Monet, Manet, Van Gogh, Gaugin, Cézanne, Braque, Picasso, Dali, Duschamps, Magritte, Vieira da Silva, Amadeo de Souza-Cardoso, etc; portanto como é óbvio eu tinha de ir. Claro que, como isto anda mau, e as oportunidades para gastar dinheiro (já agora... Ryuchi Sakamoto Trio está definitivamente esgotadíssimo) são inúmeras, aproveitei para ir ao Domingo, já que não se paga entrada, e fica desde já a dica, ir cedo compensa (porque mesmo indo cedo há bastante gente a visitar a exposição, nem quero imaginar o que será à tarde)!

Cada vez mais acho que a Gulbenkian se distingue no panorama cultural português. Na realidade sempre achei que o fazia, mas tendo em conta toda a série de acontecimentos recentes ao nível cultural nacional, tenho cada vez mais a certeza. Exposições deste estilo só me confirmam isto. À partida uma exposição sobre natureza-morta não é a coisa mais apelativa do mundo, contudo deu gosto ver a quantidade de pessoas (era interessante saber no final da exposição quantas pessoas a foram ver) de várias idades que estavam a ver a exposição. Desde idosos até a miúdos pequenos, passando por gente adolescente, e não estou a falar de excursões organizadas por escolas que acabam sempre por ser quase "obrigatórias". Todos estavam lá porque tinham gosto no que estavam a ver e queriam aprender algo, e só isto para mim é fantástico.

Sobre a exposição... pessoalmente acho que vale sempre a pena ir ver obras de artistas extraordinários, como é o caso, mesmo que não se aprecie particularmente natureza-morta (como é o meu caso). Penso que nunca fiquei estarrecido ou arrepiado a olhar para uma natureza-morta apesar de reconhecer o seu lugar no mundo da arte, especialmente quando se fala de execução técnica.

Lembrando-me das minhas aulas de desenho, penso no porque é que nos encorajavam a estudar natureza-morta, afinal é um ambiente que podemos construir conforme a complexidade que pretendemos e onde podemos estudar várias coisas necessárias ao desenho/pintura, como a luz e sombras, proporções, perspectiva, côretc; sem termos todas as restrições que o desenho com modelo acaba por ter, sendo um exercício de uma utilidade extrema. Fora isto nunca me interessei particularmente por natureza-morta. Estou com se sensação de que me estou a afastar do meu objectivo que é falar da exposição. 

Voltando à carga! A exposição está muito bem construída, fazendo um percurso de 1840 até 1955, e passa pelos principais artistas de cada época, dando o contexto histórico-cultural através de textos no início de cada parte e através de uma linha cronológica no final da exposição onde se podiam observar os eventos mundiais, os eventos em Portugal, o ano de cada obra exposta e os eventos culturais marcantes, a única coisa que para mim falhou nesta linha cronológica é como tudo aquilo se interligava se é que se interligava. 

Ainda bem que temos em Portugal uma instituição como a Gulbenkian que aposta neste tipo de eventos e exposições, fica também o aviso para quem quiser, que esta exposição não se encerra sobre si mesma. Há, associada a ela, uma série de conferências inteiramente dedicadas à natureza-morta e concertos gratuitos nos diferentes átrios da Gulbenkian (para isto o melhor é consultar a programação). Resumindo, é uma exposição que vale a pena!

P.S.: Para além desta exposição está também patente a exposição L'Hotel Gulbenkian, 51 Avenue d'Iena. A memória do sítio que para quem tiver interesse em Arquitectura vale a pena espreitar. (especialmente quando falamos ao preço de domingo...)

publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 11:48
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Terça-feira, 8 de Novembro de 2011

Acervo CMCD

Iniciamos hoje a apresentação de algumas das peças da Colecção Martins Cardoso Dias.

Esta colecção é conhecida pela sua representatividade no que diz respeito ao movimento superpop que procura uma abordagem conjuntivista à arte. Tem pois não apenas uma visão de conjunto, mas uma visão deturpada por uma conjuntivite, que à força de tanta lágrima (do rapaz da dita) borra a pintura. descola as instalações, e devolve ao corpóreo o conceptual, porque ideias são como os chapéus: há muitos e cada cabeça tem a sua. Procura (des)organizar um discurso sobre arte acessível à pessoa comum, não apenas do ponto de vista do consumidor mas também do produtor de arte. O seu manifesto tem cinco princípios: 

A pop não é só poop

Há vida na fonte, depois do Senhor Calado

Molduras vazias não são um cachimbo

Melhor que o ready made é o made in china

A vida não são sopas de tomate, também há o poder do limão. 

 

Seguem duas peças especialmente criadas para o Halloween deste ano:

 

Halloween cubista (técnica mista (abóbora e biscoito de abóbora s/ prato ikea)

Halloween surrealista (técnica mista (abóbora e biscoito de abóbora s/ prato ikea)

 

 

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publicado por Nuno Cardoso Dias às 13:29
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Sexta-feira, 28 de Outubro de 2011

Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora (FIBDA)

Tal como já tinha aqui escrito antes há tradições que são para se cumprir e ir ao FIBDA é uma delas, até porque por muito críticos que sejamos com este festival (e às vezes eu sou) sem dúvida nenhuma que é o que tem maior impacto no mundo da banda desenhada em terras lusas, e é através dele que podemos tomar o pulso ao que se passa neste campo em Portugal. Este ano é dedicado ao Humor na banda desenhada porque celebram o centenário do humorismo (até porque isto de comemorar centenários é uma coisa chique).

Enquanto arquitecto achei que este ano o FIBDA está um mimo, espaços apelativos, engraçados, bem distribuídos, fáceis de percorrer, e pura e simplesmente apetece-nos estar lá a ver tudo (claro que ajuda eu ter ido à Amadora a uma terça-feira e não ao fim de semana). 
Como de costume o espaço do Fórum Luís de Camões está dividido em dois pisos, e ambos com conteúdos completamente diferentes. No primeiro piso está a exposição "institucional" dedicada ao humor (como acabei de dizer e se pode ver pela imagem acima), onde é apresentado um trabalho de recolha e pesquisa bastante bom e se mostra um pouco de tudo o que foi marcante no humor ao nível de banda desenhada.

No segundo piso, como de costume o cenário é completamente diferente, todo ele muito mais comercial e dirigido ao editores e livreiros que fazem do seu negócio a banda desenhada, também costuma ser neste piso que se encontram as estrelas da companhia, normalmente autores estrangeiros de grande qualidade, contudo este é ano de crise e há que apostar na prata da casa, o que vem trazer alguma justiça a alguns autores portugueses que já mereciam a sua vez de brilhar. 

Tenho de admitir que se por um lado gostei muito do FIBDA, ao nível de espaços, está um trabalho muito interessante, por outro não achei as exposições muito interessantes, não houve nenhum nome que me puxasse como um "tenho que ver", nem houve nenhuma surpresa, foi mais um acto de consagração nacional que outra coisa e isso se por um lado pode ser merecido, por outro não me cativa enquanto espectador. E para ser honesto nem todos os trabalhos expostos são do meu agrado, mas isso já é uma questão pessoal. 
Seja como for, valeu a pena o bilhete, e para o ano se puder lá estarei outra vez, porque há tradições que ainda são o que eram, pelo menos para mim.


publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 21:27
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Sábado, 15 de Outubro de 2011

Vik Muniz @ CCB

Não consigo chamar ao CCB de Museu Colecção Berardo é mais forte que eu, portanto habituem-se. Com esse pequeno facto esclarecido e no seguimento da entrada Lixo extraordinário, hoje aproveitei a manhã para ir ver a exposição retrospectiva de Vik Muniz.

A primeira coisa que eu posso recomendar é que não vejam o filme "Lixo extraordinário" antes de irem à exposição, porque se por um lado vão com conhecimento maior sobre a obra de Vik Muniz por outro lado já não existe o factor surpresa, e é uma pena tendo em conta o tipo de trabalho de Vik Muniz. 

A segunda é que não percam a oportunidade de ver esta exposição de arte... ia a dizer fotografia, mas a fotografia é apenas um dos componentes, apesar de estar sempre presente há muito mais para além da fotografia. 

Apesar de tudo, acho que o maior pecado desta exposição é ser curta - sim, já sei que é a maior retrospectiva do traballho do Vik Muniz e que ele tem apenas 40 anos, mas cheguei ao fim com a sensação de que queria ver um pouco mais.  

 

Deixo aqui algumas fotos que tirei por lá as aviso já que a iluminação e os reflexos produzidos pela mesma não ajudaram nada... (carreguem no link se as quiserem ver, pessoalmente eu não carregaria e ia era ao CCB ver isto ao vivo e a cores, mas cada um sabe de sí)

Linhas / Chocolate / Açucar / Lixo / Soldadinhos / Computadores 

publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 14:10
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