A história já começa a ficar demasiado rotineira para ser contada. Planos feitos, planos alterados, um tempo livre que não estava à espera, um plano alternativo de ultima hora, e estar no sitio certo à hora certa sem saber nem como nem porquê. Hoje essa hoje certa foram as 22 horas e o sítio FNAC Colombo.
Pela quantidade de gente que deambulava pelos corredores da FNAC podia-se sentir que já estamos quase no Natal, contudo o auditório estava mais ou menos vazio. Ora eu já assisti aquele auditório cheio por tudo e mais alguma coisa, portanto estava completamente espantado em como é que não estava mais gente a ver aquele fantástico concerto! A meio a coisa lá se compôs um pouco, contudo para a qualidade apresentada não estava lá gente suficiente.
Como é que eu posso dizer isto sem dizer as coisas do costume?... Eu não sou muito de gostar de uma banda ao primeiro som que emitem, posso até estar numa de ouvir e estar na boa sem realmente apreciar, contudo com A Jigsaw fiquei logo preso neles.
Continuo-o por esta altura sem saber muito sobre eles. Sei que são três, João Rui, Susana Ribeiro e Jorri, que tocam diversos instrumentos e que tem uma sonoridade de que eu gosto imenso, ao ponto de quando acabaram o concerto, 40 e tal minutos depois, eu ter comprado a minha cópia de Drunken Sailors and Happy Pirates (há que apoiar o que é nacional e bom), vir no carro a ouvir o CD e chegar a casa e continuar a ouvir.
O som deles, apesar de ser excelente, não é inteiramente original, e gerou um pequeno diferendo intergeracional entre mim e a minha mãe. A ela o som deles, especialmente os acordes iniciais das músicas, faz-lhe lembrar Leonard Cohen. A mim a voz dele, e toda a sonoridade de conjunto, faz-me lembrar Nick Cave. Quando a discussão sobre quem é que eles fazem lembrar está ao nível...
Fica aqui um dos meus compositores preferidos japoneses, que curiosamente costuma fazer músicas para o meu realizador japonês preferido e para um dos estudios de animação japonesa que mais gosto. Isto quase que parece uma conspiração... Está tudo ligado!
E o pior é que eu não tinha bilhete!:(
(se não quiserem/puderem ouvir os videos todos recomendo o Merry Christmas Mr. Lawrence e o Last Emperor, penso eu que são as músicas mais conhecidas...)
No meio de tantas opções, e tal como previa, acabei por não ir a nenhum dos dois concertos que tinha planeado e fui antes ao Arte e Manha ver couple coffee com JP Simões. Mas afinal quem são os couple coffee? Na altura também não sabia. De vez em quando gosto de ir assim à descoberta, sendo que desta vez o risco era relativamente pequeno afinal estava lá o JP Simões. O que encontrei foi isto:
Em suma, eles são bons, mesmo muito bons. Esta é a parte em que fiquei espantado, por apenas 5 euros um duo desta qualidade e ainda ia ter o bónus de ouvir o JP Simões. Assim de repente fiquei com a sensação de ter feito uma boa escolha, mal sabia eu tudo o que se ia passar...
Há aquelas junções que mal acontecem sabe-se que está tudo bem com o mundo, mas também é verdade que quando se juntam músicos deste calibre há pouca coisa para correr mal.
Foi um concerto muito pouco planeado, diria mesmo que nada, e ainda bem! Houve todo um espírito de junção de amigos, como diz o pessoal especializado das críticas a concertos, "um ambiente intimista", em que os convites para outros músicos, cantores, até letristas, foi sendo feito e repetido. Quem ficava a ganhar com isto? A malta toda que estava a assistir que teve ali um ambiente extremamente divertido, perfeitamente descontraído, com excelente música e muita festa. Só para dar uma noção de como o pessoal se estava a divertir com isto, o concerto começou atrasado como é costume, por volta das 23:45 e só acabou às 2:30 (mais coisa menos coisa).
Tenho de dar os mais sinceros parabéns ao Arte e Manha, de facto, cada vez mais, assume-se como um espaço que já era há muito necessário em Lisboa e apenas ninguém sabia. Ainda por cima disponibilizam uma data de coisinhas boas como estes vídeos online. Vão lá e gastem o vosso dinheiro, porque ao menos sabem que é bem gasto!
O que tem piada é que eu hoje vi mesmo o JP Simões à frente da Brasileira!
Depois de ter ficado à porta do concerto de Fujiya & Miyagi porque não comprei bilhete atempadamente, hoje resolvi ver o que ia haver de concertos este mês portanto aqui fica a lista de concertos que gostava de ver este mês (e que vou tentar comprar bilhete assim q puder):
17 de Novembro
The Doups por 6€ no Musicbox ou Tcheka e Mário Laginha no S.Jorge por 10€ (quer-me parece que não vai ser nem um nem outro, porque a seguir a um treino não sei se tou com paciência)
19 de Novembro
Jazzanova & Paul Rudolph no CCB desde 25€
21 de Novembro
Ryuchi Sakamoto Trio na Gulbenkian desde 15€(pelo que me dizem está esgotadíssimo...)
25 de Novembro
3 pianos desde 27,50€ no CCB (auch a estes preços não sei se brinco...)
26 de Novembro
Rodrigo Leão no CCB desde 20€
29 de Novembro
Girls no Lux por 20€
Pois é... Não se adivinha um mês de novembro fácil por estas bandas ao nivel económico...
Como de costume, quem quiser vir diga coisas.
Uns dias que começam com boas notícias. Hoje é um desses dias!
A boa notícia é a reedição a 5 de Dezembro dos dois álbuns de Ornatos Violeta conjuntamente com um cd inteiramente dedicado a raridades da banda, músicas que foram lançadas aqui e ali e que são finalmente reunidas. Enquanto fã de Ornatos só posso dizer: Até que enfim!
Em Portugal faz-se muito boa música, acho que finalmente entende-mos isso como um dado adquirido e finalmente começa-se a apostar mais no que é nosso. E isso é excelente!
Várias bandas fizeram este despertar, veja-se por exemplo o caso dos Moonspell que em 97/98 eram mais conhecidos na Alemanha do que em Portugal; ou por exemplo, Silence 4, numa onda muito mais comercial é certo, mas que de alguma forma puseram meio mundo a cantar as músicas deles, tendo David Fonseca prosseguido com uma forte carreira a solo; numa onda mais discreta os Hands on Approach; e depois tínhamos Ornatos Violeta...
Em relação a estes últimos sempre houve reacções muito fortes ao trabalho deles, ou se amava ou se odiava Uma coisa é certa, indiferente é que ninguém ficava. Eles tinham um toque especial como todas as grandes bandas têm e foi com grande pena que vi que eles tinham acabado. A partir dai houve um grande vazio, que Manél Cruz tenta preencher, mas que acaba por não conseguir completamente. Escrevo isto com um misto de sentimentos, porque na realidade gosto imenso do trabalho dele a solo no Foge Foge Bandido, mas Ornatos... enfim.
Saúdo esta reedição, até porque estava à espera dela e nem sabia, e agora estou curioso sobre o que irá acontecer se venderem muito. A minha mente atreve-se a pensar em coisas como um regresso, mas já ficava extremamente contente com uns concertos!
Começou este fim-de-semana aquela que em princípio será a última época deChuck, e apesar de saber que estas coisas eventualmente chegam sempre a um ponto em que não há outra hipótese senão acabar, fico um pouco triste. Não é que seja uma série excelente que irá para sempre marcar a minha vida, mas tem aquele condão de me fazer sentir bem, de não querer assumir-se como algo extremamente sério mas que ao mesmo tempo passa algumas mensagens. E tem o condão de ter um dos genéricos de abertura mais cool de sempre!
Esta por acaso é da 4ª temporada (as anteriores não são muito diferentes) mas a questão é como é que um genérico de abertura pode não ser cool com esta música dos Cake? Não dá para não ser!
A história segue a vida de Chuck, um tipo normal, bastante nerd, que de repente sem perceber muito bem porquê tem um supercomputador no cérebro chamado intersect, claro que a partir daqui ele é "contratado"pelo governo americano para apanhar maus da fita, juntam-no com uma super-espia bonita e um super-espião conservador, e claro que todas as missões provam que ele apesar do seu jeito, ou falta dele, consegue sempre arranjar uma maneira para cumprir as suas missões. Bom nem sempre, mas o que interessa é que safa muito bem.
Uma das grandes características desta série é a excelente banda sonora que vai apresentando em todos os episódios, desde artistas consagrados como beck, gotanproject, Gnarls Barkley, Ennio Morricone, etc, até outros menos conhecidos. Pode-se ver neste site uma lista de música por episódios.
No primeiro episódio desta última série encontra-se este tema que não resisto partilhar aqui.
Como dizia, Chuck pode não ser um portento de série mas quando chegar ao seu fim vai deixar saudades.
Um dia estava eu a ver trailers e num deles (The Departed) começa a tocar uma música que me deixou siderado, vim a descobrir que era de uma banda chamada Dropkick Murphys e a música chamava-se "Shipping off to Boston".
Aqueles sons irlandeses (apesar da banda ser americana), misturados com o sentimento punk rock da coisa, era simplesmente certo. Sempre gostei de música irlandesa, mas ouvi-la aliada àquela... raiva, ou melhor energia. Lembro que na altura fiz uma pesquisa e ouvi algumas músicas deles sempre num tom positivo. Entretanto um amigo meu anda com uns cd deles no carro e foi lá que descobri "Caught in a jar" e rapidamente se tornou numa das minhas favoritas.
Já agora do mesmo álbum de "Caught in a jar" - "Do or Die" - também adoro este "Cadence to arms"!
Agora lançaram um novo cd "Going out in style" e só posso dizer que Dropkick Murphys estão iguais a si próprios, portanto é daqueles casos que se ama ou odeia, mas ninguém os pode acusar de terem alterado o que quer que seja à fórmula para venderem mais.
Posso até concordar com a opinião de um amigo que diz que este álbum não é para se ouvir de uma ponta à outra, que o seu estilo não é para isso, mas é um trabalho consistente com uma energia sempre a abrir.
Gosto de bandas assim, fiéis a si próprias que fazem o que tem a fazer, que transmitem boas sensações. Não sei porque mas sempre que ouço estes tipos fico a sorrir um pouco e por isso Dropkick Murphys tem direito a todo o destaque que eu lhes poder dar.
Aproveitando a dica dada pelo Lisboa de bolso, resolvi espreitar o site dos Best Youth e sacar o EP disponibilizado por eles. Em boa hora o fiz!
A minha história com os Best Youth começou através do famoso CD de Novos Talentos FNAC 2011, onde está inserido Hang Out. Música simples, sedutora, que sem recorrer a muitos artifícios de alguma forma sobressaia, e isto não é fácil neste CD tendo em conta a quantidade de músicas boas nesta edição. Isto só me deixou curioso. Na altura até comecei aqui um conjunto de posts chamados "coisas portuguesas que valem a pena" que só não ficou maior pela falta de videoclips de algumas bandas existentes nesse CD, como foi o caso presente.
Best Youth - Hang Out from Best Youth on Vimeo.
Estando esta falha colmatada, eles lançam Winterlies onde também encontramos Hang Out conjuntamente com Honey Trap, Wait for me, Shouts e Tigers on the Catwalk. Tudo o que posso dizer é que eles prometem, portanto toca a apostar neles!
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