Ontem vi algo que estou quase há um ano para ver, o filme de Space Battleship Yamato! E há que dizê-lo, o filme é muito bom! Claro que não ganha prémios, nem é pseudo-intelectual, mas é divertido e consegue encapsular o espírito de uma série de culto, com 26 episódios, em 131 minutos! Uma das únicas coisas que faltou foi mesmo esta música (sim, eu sei que não é a coisa mais actual do mundo mas ver Yamato sem ela não é a mesma coisa):
Ok! De regresso ao filme. Houve três coisas que me atraíram no trailer:
1) a história ser de um dos anime mais marcantes de sempre - tenho de admitir que não me recordava da história toda, ainda não me lembro de todos os pormenores, portanto não sou a pessoa indicada para dizer que falta lá o sucedido no episódio 16, minuto 10. Contudo lembro-me perfeitamente do espírito que emanava da série, todo ele demonstrativo de uma mentalidade muito japonesa (pelo menos em anime) em redor do sacrifício e camaradagem, e se há coisa que não se pode acusar este filme é de falhar nesse departamento. Todo o argumento é em redor de sacrifício e como lidar com ele.
2) a caracterização das personagens - Só posso dizer que o estilo do anime dos anos 70 está todo lá, de uma forma bem cuidada. E não falo apenas nos fatos, mas também nos penteados e algumas cenas onde os cabelos andam por lá a esvoaçar.
3) os efeitos especiais - Pois aqui é onde eu fico um pouco mais dividido com a coisa. No trailer vemos a parte das batalhas espaciais, e essas estão simplesmente fabulosas! Mesmo a parte passada na Terra, os efeitos estão bem feitos e enchem-me as medidas. Contudo há lá umas batalhas menos espaciais que chegam a roçar o limite do mauzinho.
Em suma, não é um filme para tecer grandes questões filosófica, apesar de ser perfeitamente possível se uma pessoa quiser, mas diverte se (e só se) gostarmos da mentalidade japonesa, porque este é, na sua essência, um filme japonês feito para japoneses. Mal comparando é como se de repente alguém quisesse fazer um filme do Duarte e Companhia, o mais provável é que os portugueses nascidos em finais de 70/inicio dos anos 80 iriam compreender as referências e o modo de pensar que justificava aquele filme, mas o resto do mundo teria que querer compreender, e isso às vezes é o mais complicado.
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