Ora bem... Estamos perto do Natal, essa maravilhosa época de consumismo desenfreado que todos nós conhecemos e amamos, contudo este ano há toda uma crise que vai fazer com que o consumo de dinheiro em coisas como livros seja menor do que é costume (pelo menos é previsível que assim seja).
O que fazer numa altura destas? Uma solução é apostar em temas polémicos e criar marketing à volta disso para assim se conseguir vender.
Longe de mim dizer que é isso que José Rodrigues dos Santos e a gradiva estão a tentar fazer com o seu novo livro "O último segredo", mas a verdade é que se aproxima muito desta fórmula. Leia-se este artigo no Público online.
(imagem retirada do artigo do público)
Resumindo o que se encontra por lá... José Rodrigues dos Santos foi ler umas coisas de outro autor e descobriu a pólvora.
1) Jesus Cristo não era cristão, mas sim judeu! - oh blasfémia! Então o homem nasce e cresce numa sociedade judáica naquela época e queriam que não fosse judeu??? A sério? Ok, as tantas Jesus Cristo "desaparece" e há umas quantas teorias que o "levam" para a Índia, onde terá tido contacto com religião budista e terá sido fruto dessa mescla de religiões com que Jesus Cristo terá criado a sua doutrina. Até agora isto parece-me fazer todo o sentido, mas dizer que Jesus Cristo não era judeu parece-me apenas parvoíce e não sei até que ponto a igreja algum dia terá negado isto.
2) Maria não era virgem! - Uau! Acho que já nem durmo só de pensar nesta conclusão arrebatadora! Não tarda dizem-me que a água é molhada e o Pai Natal não existe!
3) Existem textos fraudulentos no Novo Testamento! - Duh! Claro que existem, basta ver para que é que foi criado o Novo Testamento para perceber que é óbvio que existem textos fraudulentos, contudo não basta deixar o pensamento por ai, também há que perceber porque é que esses textos foram criados dessa forma, enquadrando essa razão no tempo e na mentalidade da época.
4) Nenhum dos autores do Novo Testamento terá conhecido Jesus Cristo em carne e osso! - Adormecem a ver o canal de História e depois acham que isto é uma grande novidade. É das únicas razões plausíveis para que alguém ache isto uma novidade.
Do livro em si não sei nada, não o li, e a vontade de o ler não abunda, porque baseando-me em experiências anteriores, acho a escrita de José Rodrigues dos Santos pouco interessante e a roçar o banal, mas não digo que eventualmente não o leia.
Contudo no meio de tanta trivialidade há uma coisa que eu concordo com José Rodrigues dos Santos, a igreja deve confiar mais na inteligência dos seus fiéis, porque de facto há coisas na religião católica apresentada pela igreja católica em que o acredita trata-se apenas de uma escolha: "serei eu mais feliz se acreditar?" e de uma forma (quanto a mim pouco surpreendente) há um grande número de pessoas que faz essa escolha de uma forma livre e consciente, portanto que tal um pouco de fé por parte da igreja católica e deixar de insistir em pontos perfeitamente irrelevantes?
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