O Café Saudade é o regresso a casa, na viagem que não sabiamos que estavamos a fazer.
Era com esta frase que eu planeava acabar este texto, contudo quando não se sabe o principio mais vale começar com o fim. Talvez devesse ter dito que Sintra é de facto um lugar fantástico, porque consegue reunir em si muitos elementos que as pessoas adoram visitar e que tem aquela magia que muito poucos sitios conseguem ter. Que há cantos e cantinhos, recantos de memórias que nos fazem sentir... nem sei bem explicar como nos fazem sentir, mas que nos atraem e nos prendem o coração. E é assim que se pode explicar a existência do Café Saudade.
Esse amor, esse carinho, é palpável em todos os pequenos pormenores espalhados, sente-se no sorriso e boa disposição de quem lá trabalha, degusta-se nas iguarias que servem, sempre num tom bem nacional, bem português, saido directamente dos nossos sabores, dos nossos cheiros, das nossas memórias.
Frases como "lá casa tenho daquelas cadeiras que já vieram de casa dos meus avós" ou "a minha mãe tem uma travessa igualzinha" ou "já não via destas chávenas desde pequenino" são ditas e reditas, comuns, existindo uma partilha nostalgica de recordações.
Quando falo do tom bem nacional quero dizer que não se trata do sentimento do "Nacional é bom" só porque é nacional, vai bem mais longe que isso, trata-se de assumir as coisas boas que temos, o saber estar, o saber receber, o saber apreciar o momento, a nostalgia, a saudade, tudo coisas que nos definem enquanto portugueses por muito que teimemos que não.
Trata-se sobretudo de estar em paz conosco coisa que ultimamente temos tido alguma dificuldade em fazer. E é por isso. É por isso que o Café Saudade transmite essa sensação de regresso a casa, de regresso às origens, nesta viagem atribulada que sempre fomos pioneiros em fazer.
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