You can't win Charlie Brown.
De 1 até 10. Assim se conta o inicio. ^_^
Estava um dia a andar e conversar com o meu pai pelas portas de Santo Antão, e vemos uma promoção de livros num alfarrabista ali localizado, e como é óbvio entramos para ver. (óbvio porque nesta família há uma certa estranha atracção pelo objecto livro, especialmente quando os preços são convidativos)
A maioria deles pouco ou nada me estavam a interessar, até porque a minha tara por livros é normalmente por livros novos (nada contra os antigos, até porque o preço dos livros novos normalmente é proibitivo, contudo há um certo cheiro característico nos livros novos que me lembra felicidade) mas no meio de tanta coisa que eles tinham descobri este volume de "The Anansi Boys", bem estimado, a um preço muito convidativo, e sendo do Neil Gayman... enfim decidi dar esse passo de o levar para casa.
Depois veio a vida, o tempo foi passando, e o livro permaneceu fechado, ora ao lado da minha cama ou numa prateleira. Até que, impulsionado pela leitura do "The Graveyard Book", resolvi agarrar nele e desatar a ler.
Não queria desenvolver muito sobre as personagens, nem dizer coisas que possam estragar a história, até porque quando penso nela acho que se podia resumir o que acontece em 5 linhas. Mas aqui vai... É a história de dois irmãos, filhos de um Deus (Anansi, a quem pertencem todas as histórias), cujas vidas não podiam ser mais diferentes (um todo muito conformista e desprovido de magia e o outro numa vida cheia de magia e loucura), que depois de anos de separação resolvem conhecer-se e passar algum tempo juntos, graças a esse processo, e a uma série de acontecimentos, acabam por descobrir as facetas diferentes das suas vidas.
Concluindo, gostei bastante, a personagens são cativantes, a história é muito bem tecida, com uma escrita fresca e descomplicada bem ao estilo do autor, e quando isso acontece resulta no facto de eu não conseguir pousar o livro enquanto não o acabar (a não ser que tivesse mesmo de ser).
O meu interesse começou não tanto pelo escritor, apesar de gostar muito do que o Neil Gaiman escreve, mas pelas ilustrações de Dave McKean, sempre gostei do que via do trabalho dele, mas desde que tive o prazer de lhe colocar umas questões num festival de B.D. da Amadora que estou verdadeiramente fascinado e sempre que vejo um livro dele sinto-me tentado a comprar. Quando o vi na prateleira não resisti.
E ainda bem! Não se espere daqui um livro intelectual, não é disso que se trata, nem é esse o objectivo, nem estilo do Neil Gaiman, é apenas uma história muito bem contada, sobre o crescimento e desenvolvimento de um rapaz com o nome peculiar de "Nobody Owens" e sobre a sua peculiar educação e as suas atitudes perante a vida e o mundo que o rodeia. As ilustrações na minha opinião só pecam por serem poucas...
Fica aqui um dos excertos que achei mais piada, talvez porque o pensamento de mudar de ares para ser feliz noutro sitio já me passou pela cabeça várias vezes:
"They kill themselves, you mean?" said Bod. He was about eight years old, wide-eyed and inquisitive, and he was not stupid.
"Indeed."
"Does it work? Are they happier dead?"
"Sometimes. Mostly, no. It's like the people who believe they'll be happy if they go and live somewhere else, but who learn it doesn't work that way. Wherever you go, you take yourself with you. If you see what i mean."
"Sort of," said Bod.
Silas reached down and ruffled the boy's hair.
Depois de uma breve experiência nos escuteiros, e apesar de adorar andar e sempre ter tido uma certa atracção (raramente partilhada pelos meus amigos, mas sim pelos pais dos meus amigos) pelos caminhos de Santiago, nunca me dediquei a fazer caminhadas. Até que em conversa surgiu a hipótese de ir fazer o percurso da antiga linha de comboio do Tua.
Para quem me ajudou a preparar minimamente isto, a Papoila e o J., esta caminhada pode ser descrita como um pequeno passeio, para mim foi uma estreia brilhante nestas andanças.
Ao nível de planeamento da viagem... bom o melhor que posso dizer é que decidimos por unanimidade retirar essa palavra de circulação quando falamos dela, porque na realidade o que acontece foi a existência de um e-mail que descrevia o percurso (mandado por quem recomendou o percurso), fazer mochila para 3 dias, levar o material para se acampar e cá foi disto sem pensar em mais nada.
Podia falar bastante sobre o que vi, o que senti, mas pensando bem acho que isto é daquelas coisas que só vivendo.
Desprender-mo-nos de tudo, apenas andar e apreciar tudo o que nos rodeia.
A única coisa que senti falta foi de ouvir música, especificamente da que acompanha esta entrada, mas às vezes nem é preciso ouvir uma música para ela estar lá connosco.
Primeiro tenho de dizer que os senhores que dão os nomes aos filmes em português desta vez passaram-se mesmo da marmita de "Exit through the gift shop" passaram para "banksy-pinta a parede".
Ok... é dificil estar no mundo da arte e não reconhecer o "nome" Banksy, nem que seja pela sua famosa abertura de um episódio dos Simpsons. Eu para além disso pouco conhecia dele - e de alguma forma ainda bem - até Abril deste ano onde em Londres fui assaltado por T-shirts, e todo o tipo de coisas para se pendurar numa parede com fotografias da street art dele. E UAU! Este senhor faz coisas simplesmente fantásticas. Assim que soube da existência deste documentário classifiquei-o imediatamente como "a não perder".
Ao contrário do que se possa pensar pelo título em português (a sério pessoal... trabalho brilhante. Ou então não...) este é um documentário não sobre o Banksy e o trabalho dele. Também é, mas não é de todo.
"Exit through the gift shop" foca-se essencialmente sobre arte urbana, o trabalho de vários indivíduos (entre os quais o Banksy) e não diria uma discussão, mas as conclusões sobre arte e o processo de fazer arte e como de repente todas as regras podem ser quebradas (se isto é algo bom ou mau é algo que é deixado à consideração).
Tal como a maioria dos documentários produzidos vale a pena ver, só não sei se numa sala de cinema.
... foi isto que estive a ver. Apropriado não é?
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