Domingo, 31 de Outubro de 2010
Por falta de várias condições nāo foi possivel escrever até agora. No fundo tudo corre bem, gostava de dizer que o que vi no Japāo até agora corresponde ao que sempre sonhei, mas isso é falso. Na realidade a culpa disto é de que o sitio onde estou, apesar de indescutivelmente ser japonês, se quiserem seria como se alguem sonha-se com Portugal e só estivesse em Oeiras, não deixa de ser tipicamente português, mas qual é o estrangeiro que idealiza Oeiras nos seus sonhos?
Quarta-feira, 20 de Outubro de 2010
Estou quase a fazer uma grande viagem e precisava de saber como actualizar este espaço. É relativamente simples graças ao formato simplificado do sapo. Já saia era a versão do sistema operativodo iPad com o dicionário em português...
Terça-feira, 12 de Outubro de 2010
De repente somos recordados que existe uma vida para além da crise. Ou será que existe?
Antes de continuar a escrever tenho de dar os parabéns a José Sócrates por ter escolhido Luís Amado como Ministro dos Negócios Estrangeiros, já não é a primeira vez que fico bem impressionado com ele, e no caso da eleição de Portugal como membro não permanente ao conselho de segurança da ONU confirma-se o seu excelente trabalho. Nem tudo é mau no governo de José Sócrates.
A questão que se coloca agora é o que é que isto significa para nós e para a Europa no actual panorama internacional? Neste momento assiste-se a uma batalha económica da Alemanha contra o resto da Europa, tendo como intervenientes Angela Merkel e Durão Barroso, e isto vem dar uma mais valia a Durão Barroso para o futuro, especialmente quando se discute abertamente a forma como foram contraídas despesas em nome da segurança marítima por países em crise declarada a esse colosso da tecnologia naval que é a Alemanha.
... há ficção que devia ser vista pela realidade, falo do episódio 7 chamado "debate"da 7ª temporada da série "Os homens do presidente" (The West Wing).
Há vários momentos a realçar, contudo acho que é de ter especial atenção para o discurso de Arnold Vinick (Alan Alda) sobre os impostos dos países sub-desenvolvidos, vejam lá se não faz lembrar um pequeno e irredutível país à beira mar plantado.
Terça-feira, 5 de Outubro de 2010
De facto há datas que são simbólicas em Portugal, o 5 de Outubro é uma delas.Cá no burgo há a mania de comemorar a implantação da República, na realidade deveríamos comemorar a independência de Portugal, mas para que é que uma pequeno coisa como a nossa independência interessa na República actual? O simbolismo deste facto não deve ser perdido.Simbólicas foram também as cerimónias realizadas hoje na Praça do Município.Aquela peça de teatro (não queria empregar este termo porque pode parecer que quero ser desrespeitoso para as peças de teatro) vem de facto demonstrar que Portugal é país muito mais interessante quando é apenas povoado por actores ensaiados. Porém tenho de congratular a organização do evento porque de facto teve momentos que dizem tudo, aquele cavalo a andar para trás de facto fez-me lembrar de como este país está a fazer o mesmo.Depois veio o hino e o içar da bandeira, um momento solene que foi respeitado por todos.No momento dos discursos a coisa já mudou um pouco de figura, o respeito manteve-se pelo menos do lado do publico...Ora bem, hoje ia realizar-se uma grande carbonara, e eu aproveitei e pensei que seria uma boa refeição portanto resolvi participar.A ideia era simples mas divertida, assistir ao discurso do nosso Primeiro Ministro usando uma linda máscara do Darth Vader. Reparem que não ha aqui palavras de ordem ou nada que o valha, era apenas estar em silêncio, usando uma máscara, a assistir ao discurso.Assim que as máscaras foram postas houve pessoas que não acharam piada e resolveram começar a arrancar as mesmas de quem as usava, claro que eu usufruindo do meu direito de me manifestar silenciosamente resisti a quem me tentava retirar a dita e fui levado para uns metros longe das pessoas, onde as pessoas que destruíam e apreendiam as máscaras finalmente se identificaram como agentes da autoridade.Aparentemente o direito à manifestação silenciosa não se aplica durante as comemorações da República, ou pelo menos tentaram convencer-me disso, tentado também explicar-me que eu resisti á prisão, coisa que não tiveram grande sucesso visto que eu, assim que se tornou claro que aqueles senhores eram agentes da autoridade, tomei uma postura simpática e sem nada a esconder, acatando a todos os pedidos que me fizeram. Fui identificado pela Policia e segui à minha vida. Dois minutos depois de ser identificado, lá se lembraram que Portugal afinal é um estado democrático e já era possível usar as máscaras sem qualquer receio, portanto lá fiquei eu com outra máscara para substituir a previamente destruida.O que já não deu para suportar foi o discurso do Cavaco Silva e nessa altura resolvi ir-me embora com o sentido de missão cumprida.Acabo o meu texto com esta pequena pérola. Não posso deixar de achar alguma piada ao facto de não ter existido audio para os comuns mortais até ao momento em que Santos Silva falava de crise, como diz o João Vacas no 31 da Armada, o técnico de som devia era monárquico!