Segunda-feira, 30 de Maio de 2011

The Tree of Life

 

Já quase que nem me lembro quando foi a ultima vez que escrevi sobre cinema, mas também não interessa, porque se há filme sobre o qual vale a pena escrever é este. 

 

 

Agora apresenta-se o desafio de sempre que se escreve sobre cinema (na realidade sobre qualquer tema) "como passar para um texto coerente o que nos vai na mente?", neste caso torna-se ainda mais complicado, portanto desde já as minhas desculpas por qualquer salto de lógica.

Este é daqueles casos que me mete a pensar sobre o que é cinema e qual é a função do cinema, mas não de uma forma que me deixe irritado ou desapontado bem pelo contrário. É um filme que apesar de tudo o que li me apanhou completamente de surpresa. Começa com uma narrativa mais ou menos simples, em que os personagens começam a ser definidos e começa-se a sentir as ligações entre eles, até que de repente o Sr. Malick decide que não, uma narrativa a contar uma história seria algo demasiado simples, que afloraria demasiado superficialmente o que se estava a passar e começa ali um tratado visual de filosofia que é algo do outro mundo. Às tantas parece que se lembra que tinha uma história para contar, mas não o faz de um modo simples, envolve duas fases temporais da vida do mesmo personagem (a pre-adolescência e a vida adulta) e no meio disso lá somos assaltados por pensamentos e "mundos de sonho" (se é que são realmente isto, mas acho que esta é a melhor expressão) todos eles com uma simbologia que me fez pensar e repensar tudo o que vi e ouvi. E aqui tenho de aproveitar a deixa para dizer que este é um filme lindo, tudo o que é captado pela câmara é extremamente cuidado e bonito, acompanhado por uma banda sonora que, para quem gosta de música clássica, é sublime. 

Normalmente não gosto de filmes pseudo-intelectuais, mas o que dizer quando o filme ultrapassa essa barreira e é mesmo intelectual? E será que esta questão realmente interessa? 

Enfim... as minhas conclusões são que "The Tree of Life" não deixa ninguém indiferente, deixou-me com um misto de angústia e paz, muita inquietação e uma vontade enorme de o rever. E nem me atrevo a tentar classificar este filme.

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publicado por Gonçalo Cardoso Dias às 11:39
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