Mantinham-se os planos habituais.
Primeiro ir para o treino, e depois de muito transpirar ir calmamente ter com amigos e dedicar-me a esse elevado desporto que é o snooker. Como é óbvio as coisas não correram exactamente assim.
Tudo começou com uma singela mensagem a desafiar-me para ir a um concerto de M. Ward na aula magna e em menos de nada todos os planos tinham mudado e a correria começava, primeiro a ir para o treino, depois a voltar, tomar banho, comer qualquer coisa, voar para apanhar mais gente e voar para chegar a uma hora minimamente decente ao concerto de um senhor que até aquela fatídica sms não conhecia de lado nenhum. Nem sequer da tropa!
Chegado à aula magna e morto o vicio do tabaco por quem de direito, lá entrámos na sala sempre quente e abafada a tempo de assistir às ultimas 3 músicas do número de abertura, um senhor português a cantar em inglês, armado com a sua guitarra, uma voz que até achei bastante boa e com uma história por de trás de cada música que apresentava. (Ainda tenho de descobrir quem era ele.)
Depois um curto intervalo para refrescar porque a sala (e outra vez o vicio de quem o tem) assim obrigavam, várias coisas foram discutidas neste intervalo entre as quais o concerto que nos estava a levar lá (até porque não era o único que não o conhecia), nada do que foi dito naquela conversa me preparou para o que veio a seguir.
Outra vez no ambiente abafado da aula magna entra um homem em palco, a palavra que me surge é normal, era um homem normal, a pegar numa guitarra normal, mas assim que as notas começaram a invadir o vazio o homem, nem a sua guitarra, podiam ser descritos como normais. Os fotógrafos corriam para junto de palco onde ele com a maior das naturalidades assumia a postura de estrela de rock, de guitarra na mão, brevemente lembrei-me que há posturas que se assumem só mesmo pela fotografia.
Acho que todos os concertos são um pouco assim, ou se não são deviam, assumir o propósito de entreter os espectadores, de os fazer felizes, de os fazer sentir um pouco mais chegados ao artista e às suas músicas, e foi precisamente isso que M. Ward conseguiu atingir usando apenas uma guitarra, uma harmónica, um piano e uma pedaleira para dar efeitos à guitarra que teimava em não colaborar, mas até isso fez com que fosse criada mais empatia.
Arrisco-me a dizer (armado em critico) que foi um concerto muito intimista, e que dei o meu tempo bem empregue, até porque agora tenho mais um músico para descobrir.
Por isto tudo tenho de agradecer à Guida e ao Ricardo. Eles sabem porquê! ;)
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. Um ano
. Desejos para 2012: ATÉ OS...
. 2011
. Drive
. Isto a malta não coopera....
. Felicidade em tempo de cr...