Sábado, 2 de Abril de 2011
"Há, na parte mais ocidental da Ibéria, um povo muito estranho: não se governa nem se deixa governar!" Eu nem preciso de dizer quem disse a frase, ou quando foi dita, porque de facto sempre foi uma descrição aceite cá no nosso cantinho. A verdade é que pretendentes para nos governar nunca faltaram, desde os espanhóis aos ingleses em tempos mais idos, e agora mais recentemente a Alemanha e o FMI. Aparentemente a chanceler Alemã começa a ter coisas com que se preocupar sem ser a economia portuguesa e o que temos que fazer, se não se começar a preocupar mais com o país dela é capaz de perder o lugar, mas isso sou eu que digo, e convenhamos o que percebo eu de política alemã? Pouco ou nada, mas aparentemente o senhor do partido dos verdes segundo os resultados eleitorais percebe um bocadinho. Portanto enquanto a Alemanha está entretida com disputas internas vamos ter ai o FMI à perna. E é ao ver o noticiário que podemos perceber o poder do FMI ao causar histeria colectiva através das empresas de rating - completamente independentes e q não tem nada a ver com o FMI, mas que sempre vão avisando que se Portugal não pedir ajuda internacional (apontando o FMI como única hipótese) ainda cortam mais o rating. E claro que gente que já de si anda assustada e revoltada com a crise, vai ficar ainda mais assustada e revoltada, o q é um tiro que poderá sair pela culatra a quem quer pedir "ajuda" ao FMI. É que, caso não tenham reparado, aqui a malta nunca reage exactamente como se estava à espera a este tipo de pressões, ainda por cima num ano em quem nem o Benfica os salva.